E se houvesse uma maneira de não apenas atender as necessidades dos clientes, mas também de antecipar e superar de maneira consistente essas necessidades?
No cenário competitivo que encontramos hoje, onde as demandas do mercado estão em constante evolução, as empresas de tecnologia enfrentam o duro desafio de criar produtos e soluções inovadoras e de alta qualidade de maneira cada vez mais rápida e eficaz.
E é justamente buscando superar esse desafio que as Metodologias Ágeis entram em cena, propondo uma completa revolução na forma como abordamos o desenvolvimento de software.
A adoção dessas metodologias traz consigo uma série de práticas que proporcionam a transformação que as empresas buscam. E no decorrer desta leitura, você irá entender mais sobre a utilização das melhores práticas de agilidade.
O que são as Metodologias Ágeis?
Antes de chegarmos nas melhores práticas de agilidade, é importante que a gente tenha total compreensão do que são as Metodologias Ágeis e de qual o papel dela no desenvolvimento de softwares.
Nos últimos 20 anos, as Metodologias Ágeis têm dominado completamente a indústria de desenvolvimento de softwares, derrubando a tradicional metodologia Waterfall. Na verdade, as Metodologias Ágeis surgiram justamente como uma alternativa aos métodos da Waterfall, prometendo dar mais flexibilidade para o desenvolvimento de soluções e possibilitar que mudanças ocorram durante o processo, algo inimaginável na outra metodologia que tem etapas muito rígidas e bem definidas.
Entre os muitos benefícios que o método Agile oferece às empresas no desenvolvimento de softwares, os que costumam gerar um impacto positivo são a flexibilidade, a velocidade e o desenvolvimento iterativo.
Quando uma organização opta por trabalhar com uma Metodologia Ágil, ela não apenas está apta a responder às mudanças de maneira ágil e flexível, mas também passa a oferecer entrega contínua do produto aos clientes em ambientes de teste.
Devido às vantagens que ela oferece, a maioria das organizações têm utilizado práticas de desenvolvimento ágil para entregar valor em um ritmo acelerado.
A abordagem Ágil é mais popular nos dias de hoje porque proporciona flexibilidade para se adaptar a mudanças, promove a colaboração entre partes interessadas e equipes, e cria muito mais coesão.
Para entender mais a fundo as diferenças entre Agile e Waterfall, aproveite para conferir o conteúdo abaixo.
O que são práticas de agilidade?
Agora que está claro o que são as Metodologias Ágeis, fica mais fácil de entendermos o que são as práticas de agilidade.
Essas práticas, no contexto do desenvolvimento de software, são métodos, técnicas e abordagens que promovem uma maneira mais flexível, colaborativa e eficaz de trabalhar. Elas são fundamentadas nos princípios do Manifesto Ágil, que enfatiza valores como indivíduos e interações acima de processos e ferramentas, colaboração com o cliente acima de negociação de contratos, e responder à mudança acima de seguir um plano detalhado.
O principal objetivo das práticas de agilidade é o de capacitar equipes e organizações para que elas possam se adaptar rapidamente às mudanças e entregar valor aos clientes de forma contínua.
Melhores práticas de agilidade
A seguir, você vai conhecer quais são as melhores práticas de agilidade para interação eficiente e eficaz nas equipes que utilizam essa metodologia.
1. Colaboração com o cliente
Como nós já vimos, a satisfação do cliente é prioridade na abordagem Ágil. E para que seja possível entender profundamente os requisitos do cliente, a colaboração deve ser forte entre ambas as partes.
Em um método de desenvolvimento tradicional, o cliente está envolvido apenas nos dois extremos do processo: na coleta de requisitos e, depois, no final, com o produto já desenvolvido.
Na abordagem Ágil, as coisas são diferentes e o cliente está envolvido durante todo o processo de desenvolvimento, esclarecendo suas expectativas, colaborando em correções e discutindo opções não consideradas anteriormente.
É justamente essa interação frequente entre a equipe de desenvolvimento e o cliente que promove a criatividade e eleva a qualidade do produto final. Juntos, eles elaboram uma maneira otimizada de fazer o produto que os usuários desejam. Pode não funcionar como inicialmente imaginado pelo cliente, mas funcionará de maneira mais inovadora e sustentável.
2. Trabalho colaborativo
Não é segredo para ninguém que as equipes contribuem muito mais para fazer com que projetos sejam bem-sucedidos quando colaboram como uma unidade coesa.
Pesquisadores da área de Ciências Organizacionais identificaram seis componentes de Qualidade do Trabalho em Equipe:
- Comunicação
- Coordenação
- Equilíbrio nas contribuições dos membros da equipe
- Apoio mútuo
- Esforço
- Coesão
Existe uma relação direta entre a qualidade do trabalho em equipe, o desempenho da equipe e o sucesso do projeto. E as equipes ágeis trabalham com uma ideia bem simples: podem ser mais eficazes se dependerem umas das outras em vez de dependerem das ferramentas no desenvolvimento de software.
O trabalho colaborativo é uma das melhores práticas de agilidade porque ao trabalharem juntas, as equipes ágeis podem capacitar-se e encorajar-se a dar saltos imaginativos que resultam em um produto inovador.
3. Motivação Individual
Se o trabalho em equipe é fundamental para alcançar os bons resultados, é importante lembrar que colaboradores desmotivados não costumam ter um bom desempenho, consequentemente a performance da equipe acaba sendo negativamente afetada.
Agora, quando os colaboradores estão motivados e enxergam sentido em seu trabalho, eles podem render mais, além de permanecerem focados nos objetivos da equipe e apoiarem uns aos outros.
Times ágeis de alto desempenho são autogerenciáveis, compostas por indivíduos com um amplo conjunto de habilidades necessárias para realizar o trabalho de sua lista de pendências, e esses indivíduos unem competências em prol da necessidade do cliente.
É um fato comprovado que os times ágeis que entregam valor rapidamente devem permanecer juntas já que nada mata a motivação mais rapidamente do que a reatribuição ou redistribuição dos membros. (remover)
As equipes crescem e aprendem quando permanecem juntas de uma iteração para a próxima. É uma prática amplamente aceita no Agile manter as equipes unidas, exceto por uma rotação de empregos ocasional que introduz novas habilidades.
Se houver uma mudança na composição da equipe, o processo de adaptação começa do zero novamente.
4. Equipes auto-organizadas e efetivas
Outra das melhores práticas de agilidade é que, na abordagem Ágil, a equipe trabalha e avalia seu desempenho diariamente. Como indivíduos e como grupo, as equipes de desenvolvimento precisam estar abertas à orientação e treinamento, mas ainda assim funcionar bem de forma auto-organizada.
As equipes auto-organizadas são capazes de decidir seus próprios caminhos. Elas determinam como irão executar o trabalho e quem fará o quê. Também dividem as tarefas em pequenas iterações que podem ser concluídas em cada sprint. Uma equipe auto-organizada é formada apenas por membros confiantes em seu trabalho e capazes de superar os bloqueios mais difíceis e frustrantes.
As equipes Ágeis também são capazes de encontrar as soluções para os obstáculos por conta própria. Os membros da equipe compartilham o que deu certo e o que deu errado, identificando como melhorar o processo na próxima vez. Com base nas sugestões discutidas nessas reuniões, a equipe ajusta seu comportamento conforme necessário.
5. Priorização de tarefas
Finalizando a nossa lista das melhores práticas de agilidade recomendadas para o desenvolvimento de software, temos a priorização de tarefas e a gestão do backlog.
Como já falamos no nosso conteúdo sobre Product Backlog, é responsabilidade do Product Owner registrar tarefas no backlog e atribuir suas prioridades. O PO altera e define a prioridade da lista de itens do backlog com base no feedback das partes interessadas e nas circunstâncias do projeto.
O Product Owner tem a função de comunicar aos desenvolvedores quais itens são mais importantes para o negócio no momento e passar o feedback do cliente (consumidor final) para a equipe de cada sprint, para que então, o time de desenvolvimento e o Scrum Master possam selecionar os itens para o Sprint Backlog e então realizar a Sprint de uma forma que o maior valor possível seja agregado ao negócio.
Conclusão
As Metodologias Ágeis realmente transformaram o ambiente de desenvolvimento de softwares. Além dessas cinco práticas que listamos, ainda existem muitas outras que podem trazer diversas vantagens para o projeto como maior flexibilidade, entrega mais rápida do produto, redução do risco e muito mais.
Independente de qual seja o tamanho do projeto, as Metodologias Ágeis podem tornar o desenvolvimento mais mais efetivo.
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