Com uma boa equipe, parceiros e as ferramentas certas é possível investir em inovação e se diferenciar no mercado
Inovação: essa é a palavra da vez, que tem norteado ações, projetos e iniciativas de empresas em todo o Brasil. Afinal, com uma ampla oferta de produtos e serviços em mercados cada vez mais tecnológicos e competitivos, é preciso se diferenciar. Isso deixou de ser um luxo para se tornar uma necessidade para os empresários e empreendedores e, até mesmo, um fator decisivo para a própria sobrevivência no mercado.
Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria com CEOs de empresas de diferentes portes do país indicou que para 31% deles o grau de inovação da indústria deverá ser alto ou muito alto nos próximos cinco anos, especialmente por necessidade. Além disso, 96% deles consideram a inovação uma parte estratégica de suas empresas. Um estudo da empresa Accenture de 2018 realizado com 148 executivos do Brasil, Argentina, Chile e Colômbia também mostrou que, para 60% dos entrevistados, seus negócios podem desaparecer se não forem feitos investimentos em novas tecnologias e inovação.
Em meio a essa necessidade, as companhias, porém, enfrentam um cenário de crescente instabilidade e desconfiança, decorrente de fatores políticos e econômicos que impedem a retomada do crescimento e travam a realização de investimentos estrangeiros. As empresas locais são pressionadas a se tornarem mais produtivas e a implantarem a cultura da inovação para seguirem crescendo. Dessa maneira, têm pouca margem para errar, precisam direcionar suas ações rapidamente e devem mostrar resultados. E como fica o executivo nesse processo?
O que podemos perceber é que, neste momento crucial, muitos executivos passam a ter medo. Eles sabem da importância dos projetos inovadores, mas também entendem que há um risco inerente, especialmente com grandes quantias financeiras envolvidas no processo. Assumir sozinho grandes projetos é um grande risco. Para se proteger disso, alguns passos são muito importantes.
Primeiramente, ele precisa estar bem assessorado e preparado para conseguir colocar o que planeja em prática. O executivo deve envolver uma equipe, que precisa se engajar e acreditar na proposta, além de conquistar o respaldo da diretoria. Acima de tudo, é necessário que a inovação faça parte da cultura da empresa. Também é preciso se cercar de parceiros capacitados, com experiência, que acompanhem a rotina e estejam próximos das necessidades dos colaboradores. É o parceiro que fará a otimização dos processos e verificará se algo não está indo de acordo com o combinado em um determinado projeto, por exemplo.
Com uma equipe alinhada, é preciso estabelecer prazos e metas para que a gestão de projetos aconteça de maneira ágil e eficiente e os resultados sejam alcançados. Nesse sentido, as chamadas metodologias ágeis, como OKR, Scrum e Kanban para a estrutura de desenvolvimento, controle de metas e trilha de trabalho, fazem toda a diferença. Observar o compliance ligado à organização das demandas, realização de reports e de sólidas rotinas de acompanhamento é essencial para a obtenção de resultados efetivos. Contar com ferramentas e tecnologias que colaborem para que o negócio possa ser impulsionado de maneira ágil também é extremamente válido para validar determinada solução e reduzir incertezas.
Se necessário, é válido contar com clientes e parceiros que ofereçam produtos e serviços em áreas que não fazem parte das especialidades da empresa. Afinal, hoje a economia é feita de forma colaborativa, nenhuma empresa consegue evoluir sozinha. Um estudo da Visa, em parceria com a Americas Market Intelligence, que elegeu as 20 empresas mais inovadoras da América Latina, apontou que elas realizam em média 15 parcerias com startups ao ano e criaram 57 provas de conceito em média nos últimos três anos.
Por fim, falando em startups, é preciso entender que as mudanças acontecem de forma muito acelerada. A mentalidade dessas empresas de fazer e realizar os ajustes necessários ao longo do trajeto sem ficar travado pelo medo de errar ou de perder muito tempo com longos e exaustivos planejamentos é algo em que as empresas devem se inspirar e começar a adotar aos poucos. Afinal, como dizem, antes feito do que perfeito.
Os riscos existem e situações de insegurança podem ocorrer. Mas com bons parceiros, conhecimentos e as ferramentas necessárias, além de uma dose de ousadia, é possível amenizar as instabilidades e ter mais propriedade na hora de investir em inovação e alcançar resultados efetivos.
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