A função de Business Partner, ou parceiro de negócios, mostra que é possível conciliar maternidade e profissionalismo
As mães desempenham um papel fundamental quando aliam o senso acolhedor ao trabalho. Isso, no mundo da tecnologia, tem ainda mais valor porque há funções específicas para o crescimento da área que impulsionam a atuação de programadores, líderes de equipes e gestores, auxiliando na gestão estratégica de pessoas. Estamos falando dos Business Partners (BP), ou, em português, parceiros de negócios – que fazem a ponte entre o negócio da empresa e a gestão das pessoas. Mas, afinal, o que isso tem a ver com a maternidade?
‘Acredito que experiências pessoais, pelo fato de ser mãe, nos capacitam muito no acolhimento a profissionais, despertando a visão deles para os negócios. A força de vontade e a garra de uma mãe são diferenciadas. Trabalho fazendo o profissional perceber o seu próprio potencial, afinal, há muitas pessoas ótimas que não têm ideia sobre a própria performance’, explica a Business Partner da Gateware Karina Keler, mãe de duas meninas.
O olhar mais humano sobre o desempenho da outra pessoa importa muito nesse contexto. Afinal, como aponta Karina, os profissionais que têm a visão sobre o quanto são competentes rendem mais para as empresas. ‘Pessoas que percebem o quanto podem entregar, se dedicam, buscam e entregam mais, acabam tendo resultados mais positivos’, aponta.
Fazendo uma relação com o ato de maternar, as filhas da Karina, assim como os profissionais, são completamente diferentes uma da outra, o que dá uma dimensão de estratégias de recursos humanos no dia a dia da BP. ‘Acredito que tenho mais paciência e preparo para lidar com as habilidades e dificuldades alheias. Tudo faz parte, portanto, de uma compreensão sobre desenvolvimento de pessoas’, conta.
E o mundo da tecnologia está cada vez mais aberto para profissionais que também são mães. Contudo, esse duplo papel exige preparo: é preciso muito estudo e constante, o que acrescenta mais uma tarefa para ser conciliada na já ocupada agenda das mães.
‘Dividir a atualização constante com a maternidade é um desafio, pois sempre temos muitos livros para ler, nos informarmos e filtrar o que é relevante. O tempo é mais escasso, o que exige que todo segundo seja aproveitado, considerando que preciso estar pronta para assessorar os outros’, diz Karina, chamando a atenção também para o quão fundamental é ter um propósito e fundamentá-lo nas diversas situações da vida.
Aprender e evoluir junto no mundo TI
Para aprimorarem o desempenho profissional, as mães também aprendem muito com a experiência dos filhos com as tecnologias. O ChatGPT é um exemplo que já virou clássico em como é encarado pelas mães e como será usado pelos filhos.
‘Diferente do que acontecia comigo, que nem calculadora era possível levar para a escola, as minhas filhas estão aprendendo e saberão a melhor forma de utilizar a ferramenta de inteligência artificial. É muito legal trabalhar com tecnologia e acompanhar esse avanço’, compara Karina.
Por isso, a profissional BP entende facilmente o momento em que as crianças estão. ‘Estou acompanhando o crescimento intelectual delas com as novas tecnologias que estão vindo por gostar da área e não ter medo dessas novidades: me sinto uma mãe high tech’, avalia.
A maternidade amplia os conceitos da mulher e isso é bem-vindo para a atuação profissional. ‘Organizar a rotina em casa é desafiador, mas funcionou tanto que levei as lições para o âmbito do trabalho, o que mostra que essas esferas se comunicam’, pensa.
Vale lembrar que nem todas as empresas estão dispostas a integrar as mães às rotinas profissionais. Contudo, há várias organizações atualizadas que se prepararam ou estão se preparando para essa realidade. A experiência de Karina na Gateware é positiva nesse sentido. ‘Senti que eu era necessária na empresa e que estou fazendo a diferença como protagonista da minha carreira. Fico muito feliz porque eu gosto de ser valorizada, e quem não gosta?’, questiona, destacando que as mães que estão pensando em voltar ao trabalho podem fazer esse movimento.
‘Não é fácil compartilhar a maternidade e a profissão, mas se isso está vinculado a uma razão de existir, passa a fazer sentido em simultâneo, ou seja, dá para fazer. Dar conta de tudo perfeitamente é uma utopia, podemos persegui-la de forma saudável, mostrando para os filhos como o trabalho pode se encaixar no nosso propósito em pensar grande também’, finaliza.
Matéria elaborada pela Smartcom e publicada nos portais: