Do total de 14 líderes que compõem o quadro da Gateware, 10 são do sexo feminino, em conformidade com um dos pilares da companhia, que é da diversidade de gênero
A cada ano são realizadas pesquisas sobre diversidade de gênero nas empresas e o que se constata é que o número de mulheres na liderança dos negócios vem aumentando. Na provedora de soluções e serviços de tecnologia de informação Gateware, com sede em Curitiba e atuação em vários estados do país, a diversidade é uma realidade e a quantidade de mulheres à frente dos setores está muito acima da média, algo que é incomum no mercado de trabalho brasileiro.
Por lá, dos 14 cargos de liderança da empresa, 10 são ocupados por mulheres. Uma delas, a COO Niviani Rudek, conta que a diversidade de gênero é um dos pilares da empresa de tecnologia, por isso, 70% dos cargos de liderança são ocupados por elas. “A diversidade é garantir com que, na diferença, a sua combinação garanta a melhor solução para os problemas. Com isso, a organização só tem a ganhar”, afirma Niviani.
O comportamento da Gateware acompanha a tendência de crescimento da presença das mulheres nos cargos de liderança. No último 8 de março, o IBGE divulgou que 39,3% dos cargos gerenciais no país são ocupados por mulheres. Outro estudo recente, com 381 empresas brasileiras, divulgado em 2023 pelo Insper e Talenses Group, aponta que 17% das mulheres eram CEOs em 2022 (4 pontos percentuais acima da pesquisa anterior, de 2019), 34% vice-presidentes (11 pontos percentuais acima da pesquisa anterior) e 21% nos conselhos, com crescimento de 5 pontos percentuais em relação a 2019).
Há ainda uma constatação importante, de que a presença feminina representa resultados 20% melhores para as empresas, conforme relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Segundo Niviani, as equipes multidisciplinares costumam ser mais criativas, pois trazem soluções mais rápidas, com entregas céleres, além de gerar novas ideias. “Tendo mulheres nesta composição, estas capacidades podem ser potencializadas”, explica.
Equidade de gênero
Ao final de 2023, a Gateware assinou o Pacto Global da ONU no Brasil, reafirmando o compromisso em adotar práticas éticas e sustentáveis, com objetivo de manter a busca por soluções que atendam às necessidades não somente dos clientes, mas que gerem um impacto positivo no meio ambiente e na sociedade.
O Pacto é um convite para que as empresas reflitam sobre as próprias ações e se comprometam em adotar medidas que contribuam com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Um deles é referente à Igualdade de Gênero. A ODS 5 tem a meta de alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas até 2030.
“Entre os vários pontos a serem alcançados, estão o de garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão na vida política, econômica e pública. Neste sentindo, estamos bastante à frente, com uma ampla liderança feminina em nossa companhia”, afirma Niviani, que esteve à frente das operações junto com a gestora de mudanças organizacionais, Viviane Juraski.
Nem todas as empresas de tecnologia, no entanto, podem comemorar o alcance deste patamar. Apesar de um crescimento de 60% na participação feminina nos últimos cinco anos, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), a representação feminina ainda é substancialmente menor em comparação aos profissionais masculinos.
São impressionantes 83,3% de homens ocupando cargos de tecnologia em relação a 12,3% de mulheres, segundo o CAGED. Os índices chamam a atenção para um mercado de TI que precisa desafiar estereótipos, promover a inclusão e capacitar mulheres para liderar a inovação tecnológica, aponta Niviani.
A Project Management Officer (PMO) da Gateware, Karina Sena, é um exemplo de destaque nesse desafio. Ela é a única mulher que está alocada em um time de TI em uma multinacional, onde predominam homens na atuação. Karina equilibra o trabalho com a criação dos dois filhos adolescentes e aprendeu a lidar com situações estressantes por meio do autoconhecimento e da compreensão das emoções humanas.
“Contei com a sensibilidade de uma recrutadora que percebeu minhas habilidades e, de alguma forma, foi persistente até a minha contratação para a vaga. A Gateware abriu todas as portas, foi uma empresa totalmente ativa em me perceber e continuou na mesma intenção de me posicionar de acordo com a minha experiência”, revela Karina.
A pauta é muito debatida, mas ainda é preciso sair das conversas e colocar a questão em prática. Para a COO da Gateware, é preciso transpor uma barreira cultural, para que as mulheres estejam de fato presentes nas empresas de tecnologia e de todos os outros segmentos.
“É necessário um ambiente mais agregador em muitas empresas. É falsa a crença de que as mulheres são mais destinadas a profissões ligadas às ciências humanas e os homens às exatas. Ambos têm as mesmas capacidades e elas podem ser líderes, ter voz ativa e participação efetiva nas decisões, tanto quanto eles”.
Matéria elaborada pela Smartcom e publicada nos portais:
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