A Geração Z, jovens nascidos de 1995 até 2010, está entrando no mercado de trabalho e por se tratar da mais nova geração no ambiente corporativo, diversos conflitos de gerações estão acontecendo. Uma pesquisa realizada pelas consultorias McKinsey e Box1824, descreve os jovens como pragmáticos, indefinidos, comunicativos, reais, Comuna Holics (que se comunicam com diversos públicos) e Meme Thinkers (que se comunicam com memes e emojis).
Segundo a pesquisa, os jovens da geração Z buscam satisfazer suas necessidades financeiras e seu enriquecimento pessoal, sem deixar de lado os campos emocionais e sensoriais. De acordo com a analista de pessoas e cultura da empresa Gateware, Bruna Santana, os profissionais desta geração buscam empresas que tenham valores parecidos com os deles e buscam um equilíbrio maior entre
vida profissional e pessoal.
Ana Clara Duarte, de 24 anos, é publicitária e cresceu ouvindo de sua família que o êxito profissional vem de trabalho duro e estabilidade em uma mesma empresa.
“A geração deles [da família de Ana] vivia para trabalhar, a minha geração trabalha para viver”, afirmou Ana. “Em 2022 eu deixei um trabalho estável, de mais de 2 anos, em uma das empresas mais fortes da minha cidade, contrariando o histórico profissional da minha família de nunca abandonar a estabilidade, para terminar a faculdade do outro lado do continente e aprender a me comunicar do zero com outra língua e cultura. Quando voltei ao Brasil, tive certeza que eu só aceitaria estar em uma equipe, construindo e defendendo o nome de uma marca com o propósito alinhado ao meu”, continuou.
A nova geração também questiona a estrutura hierárquica rígida e nunca serão workaholics, termo usado para definir quem é viciado em trabalho.
“Hoje nós sabemos e entendemos o que é um Burnout, já presenciei de perto algumas vezes, e nenhum foi de alguém com menos de 30 anos. A minha geração assusta ou gera um pouco de conflito com as gerações antigas, porque queremos humanizar os processos e nos comunicamos, com facilidade, com qualquer público. Acho que, na verdade, o conflito da geração passada não é apenas com a nova geração, mas sim com as novas necessidades do mercado e dos clientes, e a minha geração é uma
excelente ouvinte e consumidora, e atendemos bem o mercado atual,” finalizou Ana.
A geração que está entrando no mercado de trabalho é uma geração que preza por ambientes colaborativos, com uma hierarquia mais horizontal, além de comunicação aberta e o feedback constante. Uma geração que busca empresas que tenham espaço para autonomia, para poder gerenciar o seu tempo, suas entregas e suas tarefas.
A geração Z vem transformando o mercado de trabalho para um futuro mais flexível, autêntico e super conectado e as empresas que se adaptarem a essa nova realidade, abraçando valores e expectativas dessa geração, certamente vão estar melhor posicionadas para prospectar com os jovens.
Matéria elaborada pela Smartcom e publicada no portal BC Charts.
Quer receber mais informações sobre a Gateware no seu e-mail? Preencha o formulário aba